A conquista de mais um título de Campeão Mundial de Futsal pelo Brasil, pode ter sido surpresa para muitos que apostavam na Espanha ou Itália.
É verdade que para a competição realizada na Tailândia, a Seleção Brasileira realizou um trabalho diferente de outros tempos.
Já não tinha o favoritismo a lhe pressionar, pelo menos na intensidade de outros mundiais.
O grupo convocado pelo técnico Marcos Sorato teve algumas surpresas, e que obrigou o time brasileiro a “competir” muito mais do que exibir seu futebol show.
Na avaliação do técnico Jari da Rocha, o Jarico, o time brasileiro foi eficiente e determinado, principalmente na partida final:
“Durante a partida, tive a impressão que o Brasil jogava como Espanha, e a Espanha como o Brasil. Enloqueci então? Não. A verdade é que realmente o Brasil treinado pelo Marcos Sorato foi diferente.
Como atleta ele teve por mais de 10 anos jogando na Espanha, e por isso essa minha constatação.
A Espanha teve seu melhores momentos no jogo com o excelente pivô Fernandão, e o Marcos teve a melhor formação, jogando sem pivô de referência.
O time com jogadores como Rafael, Ari, Neto, Vinicius, Falcão e Fernadinho ganhava em dinamismo.
Claro que isso, não tira a importância do Gabriel, Rodrigo, Jé e do Simi.
É importante enfatizar que a melhor formação foi encontrada no jogo.
Isto porque, no primeiro tempo tivemos muitas dificuldades com a nossa saída de bola, e como o Marcos mesmo me disse depois da partida, isso aconteceu porque não fomos pressionados a Copa toda, o que explica a dificuldade no início do jogo. E aí meus amigos, é que entra a importância do treinador em saber o grupo que tem na mão, e tomar as decisões certas durante uma partida de futsal.
A Espanha continua sendo uma grande Seleção e chega a ser impressionante a evolução tática do nível de movimentação, o que no passado eu particularmente não gostava.
Hoje é uma seleção que joga mais e continua marcando muito, como sempre fez. Também considero fundamental a contribuição de jogadores como o Vinicius que soube liderar dentro de quadra usando toda sua experiência como atleta, e fora nem se fala!
Parabéns a todos os jogadores porque eles fizeram, e fazem sempre a diferença como o Neto, que voltou por cima com personalidade e coragem naquele momento de chamar a responsabilidade. Falcão, nem se fala jogou limitado fisicamente em virtude de uma lesão na panturrilha e depois uma paralisia facial por stress, e assim mesmo foi decisivo nas três ultimas partidas do mundial diante da Argentina, Colômbia e Espanha.
Fiquei muito feliz pela conquista assim como todo brasileiro, e também porque quatro desses atletas: Gabriel, Rodrigo, Vinicius e Jé, já trabalharam comigo, o que me deixa muito orgulhoso.
Não posso esquecer o treinador de goleiro, o Guaiba, com quem no inicio de carreira trabalhei na Ulbra.
O D.r Aloir é daqueles personagens que não necessita nenhum comentário, todos conhecem seu lado humano e profissional.
Gostaria aqui também de comentar sobre o Marcos Sorato e o Vander Iacovino: Parabéns vocês mereceram, e muito porque só quem está envolvido é que sabe a pressão, e a condição de trabalho que a Seleção teve esse ano, e que não foi a mesma da conquista do mundial de 2008.
Foram muitos obstáculos a serem superados até chegar a essa grande conquista.
Gostaria de agradecer a todos os integrantes da Selecão Brasileira, que me receberam muito bem, juntamente com os meus diretores Márcio Mai e Ng Wai Man.
Eles ficaram felizes de poder compartilhar da festa da conquista. Espero que possamos cada vez mais nos organizar, desde treinadores, jogadores e dirigentes, no sentido de que o nosso esporte futsal permaneça por muitos anos como o número 1 do mundo, e não só dentro da quadra, mas fora dela principalmente.
Um grande abraço, e parabéns ao Brasil, por mais esta conquista!”.
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